“Um pequeno passo para um homem, um gigantesco salto para a humanidade”

50 ANOS DA CHEGADA DO HOMEM A LUA

Um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade”. Ao proferir essas palavras, enquanto descia do módulo aterrissado na superfície lunar em 20 de julho de 1969, o astronauta americano Neil Armstrong tornou-se o primeiro ser humano a caminhar sobre a Lua, seguido pelo astronauta Edwin "Buzz" Aldrin, seu companheiro de missão. Em todo o mundo, cerca de um bilhão de pessoas assistiram à cena televisionada, testemunhando o que viria a ser uma das maiores conquistas tecnológicas de todos os tempos e um marco do progresso científico.

O cenário político internacional das décadas de 1950 e 1960 foi fundamental para o desenvolvimento da tecnologia necessária para a chegada do homem à Lua. As constantes tensões entre os Estados Unidos e a União Soviética contribuíram para uma disputa científico-tecnológica que canalizou grandes investimentos para as áreas de pesquisa e inovação em cada país. A abundância de recursos e o desejo de estabelecer sua hegemonia sobre o mundo pós-guerra levaram as superpotências a uma frenética corrida pela conquista do espaço, que então restava como uma das poucas fronteiras ainda não exploradas pela humanidade.

Em 1959, a União Soviética, que já havia lançado o primeiro satélite artificial da Terra dois anos antes, alcançou a superfície da Lua por meio de uma nave não tripulada, a Luna 2. Em 1961, o primeiro homem a deixar o planeta e viajar pelo espaço foi o cosmonauta soviético Yuri Gagarin, que retornou em segurança após dar uma volta em torno da Terra. Como resposta ao crescimento da União Soviética como potência espacial, os americanos intensificaram seu trabalho, com o ambicioso objetivo de enviar a primeira missão tripulada à Lua até o final da década.

Os esforços americanos culminaram no projeto Apollo, um programa de desenvolvimento de espaçonaves para viagens à Lua com tripulação. As naves Apollo eram compostas de três partes: o módulo de comando, que levava a tripulação e as provisões; o módulo de serviço, com todo o maquinário, e o módulo lunar, projetado para se separar da nave principal e conduzir os astronautas à superfície da Lua. Outro desafio importante para o projeto era a construção de um foguete com potência suficiente para colocar uma nave tripulada pesada em trajetória correta até a Lua. Ao final da década de 1960, os americanos apresentaram o Saturno V, que permanece como o maior e mais poderoso foguete já construído, com 110 metros de altura. Depois de um início trágico, com a explosão da nave Apollo 1, o projeto Apollo foi o responsável pelo primeiro voo tripulado em órbita da Lua, ocorrido em 1968, com a Apollo 8. Mais tarde, as naves Apollo 9 e Apollo 10 foram usadas em testes tripulados com o módulo lunar.

50 ANOS DEPOIS DA CHEGADA DO HOMEM A LUA  

Há décadas existe a promessa de uma base na Lua. Colocamos um pé lá, e parou por aí - nossa presença no satélite natural da Terra se resume a pegadas.Ao mesmo tempo, nos tornamos especialistas em orbitar a Terra a bordo da Estação Espacial Internacional.

No entanto, estão surgindo cada vez mais iniciativas públicas e privadas que não só anunciam um retorno à Lua, mas ambiciosos planos de colonização. A China já revelou que pretende pousar no lado oculto da Lua (que não pode ser visto da Terra) em 2018, enquanto a Rússia prepara o pouso de sua primeira nave tripulada para 2031.

Os Estados Unidos não se manifestaram como governo, mas em julho deste ano deram permissão para a empresa privada Moon Express ir à Lua. E a NASA convocou recentemente companhias do setor privado a enviarem sugestões de experimentos que podem ser feitos por lá.

O desenvolvimento de dispositivos inteligentes é possível graças aos raros recursos minerais da Terra, como tântalo ou tungstênio, supercondutores que fazem com que a tecnologia seja rápida, minimalista e econômica. Jain não esconde que esse é o seu principal interesse no satélite. "A Lua é extremamente rica em recursos. Tudo pelo que brigamos na Terra está em abundância no espaço", afirma o empresário.

Mas quem poderia explorar a Lua? Segundo o tratado sobre a exploração e utilização do espaço, assinado por 103 países em 1967, "o espaço, incluindo a Lua e outros corpos celestes, não deve ser objeto de apropriação nacional por reivindicação de soberania, uso, ocupação ou de qualquer outra forma".

Embora o acordo internacional afirme que o espaço é um território neutro e ninguém pode se apropriar dos corpos celestes, há diversas interpretações. "Primeiramente, o tratado especifica que nenhuma nação deve se apropriar de qualquer corpo celeste", diz a especialista Jill Stuart. "Mas há dúvidas se as entidades não-estatais poderiam fazer essas reivindicações." Em segundo lugar, o fato de que você não pode reclamar a propriedade, não significa que não possa ocupar o espaço. "É como a Antártida", diz a especialista. "Você pode ter uma base lá, contanto que diga que o que está sob seus pés não é seu", afirma Stuart.

Sendo assim, Estados e empresas privadas estão à procura de brechas na legislação de quase 50 anos para abocanhar uma fatia do negócio no espaço. O Departamento de Estado dos Estados Unidos explicou por escrito à BBC que a permissão dada à Moon Express está baseada no fato de que são "as atividades privadas que desbloqueiam novas investidas espaciais e permitem avançar nossa compreensão do sistema solar, o que, sob vigilância adequada, pode beneficiar todos os países no longo prazo."

A questão é que apenas 13 países assinaram o acordo - e nenhum deles tem recursos para participar de uma corrida espacial. Para os especialistas, parte do problema é que essas leis foram escritas há muitos anos e não foram atualizadas. Talvez a exploração da Lua seja inevitável. E a possibilidade de haver bases de diferentes países, como ocorre na Antártida, não está tão distante de acontecer.
Mas, para Jill Stuart, a pergunta que devemos fazer é: quem nós queremos que nos represente no espaço? "Em breve teremos diferentes entidades pousando em corpos celestes, e acho que devemos nos perguntar quem a gente quer que vá para o espaço e nos represente". "Eu não quero acordar daqui a 100 anos e descobrir que a Lua é da Coca-Cola", acrescenta.

PARA SABER MAIS



FONTES:
https://www.coladaweb.com/curiosidades/a-conquista-da-lua
https://www.infoescola.com/exploracao-espacial/chegada-do-homem-a-lua/
https://www.bbc.com/portuguese/geral-38318061

Comentários

  1. Em alguns anos que antecederam este acontecimento histórico, dificilmente se imaginaria que acabaria desta forma, trazendo um resultado benéfico para toda a humanidade.
    As tensões constantes entre as duas potências mundiaisdaquela época, Estados Unidos e União Soviética, então denominada Guerra Fria, fez com que as demais nações sentissem medo de um conflito armado.
    Mais tarde foi possível constatar que foi o contário do que se imaginava, pois, a disputa foi direcionada pa o campo científico-tecnológico.
    Embora as duas nações canalizassem investimentos para pesquisas e inovações de seus países, os Estados Unidos da América saiu na frente desta corrida, chegando primeiro em território lunar.
    As informações é que o território lunar é rico em recursos, pois, tudo pelo que se briga aqui na terra, lá existe em abundância.

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  2. Em alguns anos que antecederam este acontecimento histórico, dificilmente se imaginaria que acabaria desta forma, trazendo um resultado benéfico para toda a humanidade.
    As tensões constantes entre as duas potências mundiaisdaquela época, Estados Unidos e União Soviética, então denominada Guerra Fria, fez com que as demais nações sentissem medo de um conflito armado.
    Mais tarde foi possível constatar que foi o contário do que se imaginava, pois, a disputa foi direcionada pa o campo científico-tecnológico.
    Embora as duas nações canalizassem investimentos para pesquisas e inovações de seus países, os Estados Unidos da América saiu na frente desta corrida, chegando primeiro em território lunar.
    As informações é que o território lunar é rico em recursos, pois, tudo pelo que se briga aqui na terra, lá existe em abundância.

    Aluno: Nilson Marcolino de Aguiar - Primeiro Semestre - Curso de Direito.

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